PERIGOS DO CIGARRO ELETRÔNICO: UM ALERTA URGENTE PARA OS PAIS
As redes trouxeram uma moda, a criação de videos curtos. Com eles, impressionar, ser criativo em busca de “likes”, curtidas, é um desafio. O efeito que o cigarro eletrônico traz nos clipes, além de ser uma novidade vem atraindo cada vez mais jovens no Brasil. Seu consumo pode gerar dependência a nicotina e ser uma porta para outras drogas. “A adolescência é uma época de experimentação natural que leva ao aparecimento de vários comportamentos de risco e os pais devem ficar em alerta para qualquer mudança de comportamento. Caso desconfie do uso, veja se as roupas de seu filho (a) tem cheiro adocicado ou de maconha; aumento de sintomas de doenças respiratórias (quadro já existente) como rinite, sinusite, pneumonia, falta de ar ou ainda tosse ou pigarro persistente. Verifique o material escolar de seu filho (a), alguns aparelhos de cigarro eletrônico parecem um pen-drive.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o cigarro eletrônico ou
“Vaping, a “nova maneira de fumar”, no qual os adolescentes usam um dispositivo alimentado por bateria que vaporiza produtos químicos com sabor de doces, nicotina ou THC (o principal componente psicoativo da maconha) ou uma mistura de todos os três, para que possa ser inalado. O vapor é geralmente indetectável, sendo que ao abrir rapidamente a janela pode eliminar qualquer vestígio dos fumos tóxicos. É fácil de usar… o que faz com que pareça ainda mais inofensivo para os adolescentes.
Está em todos os lugares, no banheiro no qual os adolescentes frequentam várias vezes por dia entre as aulas, no vestiário antes de um jogo, no cinema, nas casas de amigos e em passeios da escola, e pode até ser colocado no bolso da mochila ou no estojo. A pressão dos colegas para usar essas coisas é enorme, e os adolescentes são atraídos pela “diversão” que foi criada em torno de um hábito com tantos perigos potenciais.
Os fabricantes de Vape insistem em afirmar que o uso é uma alternativa segura ao fumo, porque não há fumaça de verdade (mas substâncias cancerígenas podem estar presentes em alguns dos cartuchos, dependendo da marca). O que eles deixam de reconhecer é que os pulmões foram projetados para inalar uma coisa: o ar. Muitas receitas de vape contêm produtos químicos que foram proibidos pelo FDA (Food and Drug Administration) em produtos alimentícios, como o diacetyl, ingrediente que desde então foi proibido na pipoca de microondas porque deu aos operários uma doença respiratória incurável conhecida como “pulmão de pipoca”.”
Outro atrativo, há mais tempo é o NARGUILÉ. “É o cachimbo de água de origem árabe e apesar de ter um aroma agradável e por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde já que a fumaça é “filtrada” pela água que fica no recipiente da base. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de cigarro.”
“No Brasil, estão proibidos desde 2009, quando foi publicada a resolução RDC 46/2009. Esta norma traz as seguintes proibições: … “Art. 1º Fica proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, e-cigaretes, e-ciggy, e-cigar, entre outros, especialmente os que alegam substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo….”
ENTÃO, O QUE FAZER?
Converse abertamente com seu filho (a), tanto os pais como outros membros da familia que tenham um bom vinculo com ele; explique os perigos do uso do dispositivo como se fosse qualquer outra droga; leve-o para consultas com profissionais da saúde.
“O diálogo pode ser com o profissional de saúde (ou pediatra) que sempre deve incluir na consulta com o adolescente perguntas sobre drogas (licitas e ilícitas), ou ainda na escola se houver conselheiro de abuso de substâncias na escola ou coordenador pedagógico.”
Busque terapia para que o jovem tenha uma escuta profissional e acolhimento diante de suas angustias; a terapia poderá ajuda-lo a lidar com os gatilhos que o impulsionaram ao vicio.
FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria. https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/adolescencia/narguile-e-cigarro-eletronico-modismo-entre-adolescentes/