TEA (Transtorno do espectro autista): reflexões sobre o diagnóstico tardio em mulheres
O Transtorno do espectro autista é um transtorno do desenvolvimento, com prejuizos significativos nas áreas da comunicação, acadêmica e social. “O diagnóstico do autismo é composto por uma avaliação com procedimentos específicos desenvolvido ao longo dos anos, pela narrativa dos cuidadores e observação minuciosa, tanto individual como em ambiente coletivo (Hofzmann et al., 2019).” Para isso é fundamental uma Avaliação Psicológica com enfoque Neuropsicológico, onde através da aplicação de testes Psicológicos, Neuropsicológicos, entrevistas, questionários e escalas, é feito um estudo sobre a Personalidade, Comportamento e Cognição do Paciente. O diagnóstico deverá ser fechado pelo médico e a avaliação entra como um instrumento auxiliar no raciocínio clinico, levando-se em conta todas as informações levantadas e resgatando, no caso de adultos, dados de sua infancia. Percebe-se que há um aumento de diagnósticos nos ultimos anos, provavelmente por haver mais informação sobre o tema, maior conscientização, acesso a profissionais da saúde que possam identificar o quadro.
Cabe frisar que não é algo adquirido ao longo da vida, ninguém “adoece” de autismo, é uma alteração que tem inicio nos primeiros anos de vida. “Freitas & Revoredo (2022) afirmam que os sintomas do TEA, se apresentam desde a infância, por volta dos dois anos de idade, mais precisamente, dos doze aos vinte e quatro meses, categorizado na fase do desenvolvimento, desta forma todo diagnóstico que ultrapasse a primeira infância é considerado tardio, sendo assim, todo diagnóstico em adultos é tardio.” A escola é um ambiente que pode ajudar os pais com observações relevantes ao observar comportamentos atipicos nas crianças comparadas om outros pares. Porém alguns estudos apontam que em relação ao diagnóstico tardio, existem diferenças.
“Percebe-se também que, o Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é menos recorrente em mulheres e por isso, há menos estudos específicos e direcionados à esse público. Fato que, dificulta o diagnóstico precoce dessas pacientes e impacta a qualidade de vida e o desenvolvimento saudável (Malagoni & Luz 2021).” Recentemente a atriz Leticia Sabatella recebeu o diagnóstico de Autismo nivel 1, o caracteriza um grau leve sem necessidade de suporte. Em entrevista a tv aberta, ela relata os impactos dessa descoberta em idade madura, após um dos filhos também ser diagnosticado. Revela ter uma “sensação libertadora”, e também que apresenta “rituais” com horário, certa seletividade alimentar, hipersensibilidade sensorial, inflexibilidade com horários.
O diagnóstico precoce pode auxiliar na direção do tratamento, intervenções, para que haja qualidade de vida para o paciente e ganhos em todas as áreas. Estudos apontam que esse público apresenta dificuldades em relações sociais desde a infancia, de compreender conversas (principalmente ironias, metáforas, sacarmos) assim como em compreender as emoções de si e de outros. Há também atrasos a nivel cognitivo. É importante o acompanhamento psicológico (terapia) para sustentação emocional diante do impacto do diagnóstico e elaboração dessa descoberta tardia.
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Fonte:
Autismo em Mulheres e o Diagnóstico Tardio